"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." (João 4:24)
Estamos agora no
princípio de tudo. Podemos ouvir um lindo coral com milhares de anjos cantando
e louvando o nome do único Deus todo poderoso, merecedor de toda honra e toda
glória. Uma adoração sublime de criaturas que reconhecem a soberania de seu
Criador. O ministrador do louvor e adoração ao seu Senhor é um querubim,
respeitado por sua formosura: Lúcifer.
Lúcifer era
considerado o modelo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeita beleza (Ez
28:12). Por sua elevada posição se tornou muito influente entre os anjos,
intentou em seu coração usurpar o trono de Deus e ser semelhante a Ele.
Observamos agora Lúcifer convocando os anjos para uma reunião, ele se rebela e
convence a terça parte dos anjos celestes a se rebelarem contra Deus, decide
travar uma guerra!
Sem êxito em seu
plano maligno Lúcifer perde a batalha e é expulso do céu junto com os anjos rebelados.
Lhe é arrancado o direito de ser um adorador (Ez 28:15-17). Agora havia perdido
seu esplendor, não foi mais visto como um dos príncipes entre os anjos, mas
príncipe de demônios, passou a ser conhecido agora pelo nome de Satanás: O
inimigo.
E agora quem iria
substituir a adoração devida ao Senhor?
Podemos imaginar
agora a Trindade santa se reunindo e colocando em prática um novo projeto. Algo
totalmente diferente do que haviam criado até então. “Façamos o homem nossa
imagem e semelhança.” Estas foram as palavras pronunciadas, estava determinado
um substituto para a adoração: eu e você!
Do pó da terra
observamos as mãos de Deus modelando o barro, observamos que aquele barro antes
informe toma a forma de um boneco. Porém este boneco não possui movimentos, está
sem vida. Deus então concede algo que vem dentro de si mesmo, o seu sopro. O
homem passa então a possuir um corpo, uma alma e um espírito, passa a ser uma
criatura vivente, a imagem e semelhança de seu Criador. Deus concede ao homem o
direito de ser seu amigo, o seu mais novo adorador!
A criação do homem
possui apenas dois motivos: adorar a Deus e nos deleitarmos em sua vontade. Mas
Satanás tendo este conhecimento e sabedor do direito que ele perdeu, deseja que
o homem também perca este direito para sempre. Por isto ele intenta levar o
homem a pecar contra o seu Criador. O coração do homem é inclinado para o mal,
no interior do homem existe uma guerra de desejos: o de fazer a vontade de Deus
e o de fazer a própria vontade.
O homem veio a
pecar perdendo o direito de adorar a Deus para sempre, mas Deus amou muito ao
homem e por esta razão projetou um plano de salvação para que ele viesse obter
novamente o direito de o adorar diante de sua presença. Ele enviou o seu único filho Jesus Cristo para que todo aquele que nele venha a crer não pereça longe
de sua presença, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16). Nós fomos livres da
maldição da morte eterna mediante o sacrifício de Cristo na cruz e recebemos
novamente o direito de o adorarmos!
O que é adoração?
Adoração significa reverência, amor excessivo por algo ou alguém. Para adorar a
Deus é necessário primeiramente conhece-lo, amá-lo, reconhecer quem Ele é e o
que Ele fez por nossas vidas. Jesus nos disse para amarmos a Deus sobre todas
as coisas, isto quer dizer que Ele deve ser o único a ser amado e adorado sobre
tudo. Sobre nossas concepções, nosso ego, nossa prepotência.
Adorar a Deus não
se resume apenas a oferecer sacrifícios de louvor, abstenção de alimentos ou
pagamento de promessas. É um ato de reconhecimento de que é Ele quem nos
sustenta pela força do seu poder, que não somos nada, mas nEle podemos todas as
coisas; porque nos ama não que tenhamos amado a Ele, mas porque Ele nos amou
primeiro.
Devemos adorar a
Deus não pelo que Ele pode nos dar, mas porque tudo é dEle, tudo é por Ele e
tudo é para Ele. Ele já nos deu dois grandes presentes: o seu Espírito e o seu
Filho. Temos mais de um motivo para adora-lo.