terça-feira, 9 de abril de 2013

O que é adorar?






"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." (João 4:24)

É correto afirmar que não podemos dizer ao certo como foi travada a batalha celestial entre o bem e o mal, Deus e Satanás. Mas para compreendermos o real sentido de adoração se faz necessário que saibamos onde, como e quando recebemos o direito de ser um adorador. Por isto convido você a viajar na história e participar comigo desta narrativa sobre o plano de Deus para nos tornar um adorador.

Estamos agora no princípio de tudo. Podemos ouvir um lindo coral com milhares de anjos cantando e louvando o nome do único Deus todo poderoso, merecedor de toda honra e toda glória. Uma adoração sublime de criaturas que reconhecem a soberania de seu Criador. O ministrador do louvor e adoração ao seu Senhor é um querubim, respeitado por sua formosura: Lúcifer.

Lúcifer era considerado o modelo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeita beleza (Ez 28:12). Por sua elevada posição se tornou muito influente entre os anjos, intentou em seu coração usurpar o trono de Deus e ser semelhante a Ele. Observamos agora Lúcifer convocando os anjos para uma reunião, ele se rebela e convence a terça parte dos anjos celestes a se rebelarem contra Deus, decide travar uma guerra!
Sem êxito em seu plano maligno Lúcifer perde a batalha e é expulso do céu junto com os anjos rebelados. Lhe é arrancado o direito de ser um adorador (Ez 28:15-17). Agora havia perdido seu esplendor, não foi mais visto como um dos príncipes entre os anjos, mas príncipe de demônios, passou a ser conhecido agora pelo nome de Satanás: O inimigo.

E agora quem iria substituir a adoração devida ao Senhor?

Podemos imaginar agora a Trindade santa se reunindo e colocando em prática um novo projeto. Algo totalmente diferente do que haviam criado até então. “Façamos o homem nossa imagem e semelhança.” Estas foram as palavras pronunciadas, estava determinado um substituto para a adoração: eu e você!
Do pó da terra observamos as mãos de Deus modelando o barro, observamos que aquele barro antes informe toma a forma de um boneco. Porém este boneco não possui movimentos, está sem vida. Deus então concede algo que vem dentro de si mesmo, o seu sopro. O homem passa então a possuir um corpo, uma alma e um espírito, passa a ser uma criatura vivente, a imagem e semelhança de seu Criador. Deus concede ao homem o direito de ser seu amigo, o seu mais novo adorador!

A criação do homem possui apenas dois motivos: adorar a Deus e nos deleitarmos em sua vontade. Mas Satanás tendo este conhecimento e sabedor do direito que ele perdeu, deseja que o homem também perca este direito para sempre. Por isto ele intenta levar o homem a pecar contra o seu Criador. O coração do homem é inclinado para o mal, no interior do homem existe uma guerra de desejos: o de fazer a vontade de Deus e o de fazer a própria vontade.

O homem veio a pecar perdendo o direito de adorar a Deus para sempre, mas Deus amou muito ao homem e por esta razão projetou um plano de salvação para que ele viesse obter novamente o direito de o adorar diante de sua presença. Ele enviou o seu único filho Jesus Cristo para que todo aquele que nele venha a crer não pereça longe de sua presença, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16). Nós fomos livres da maldição da morte eterna mediante o sacrifício de Cristo na cruz e recebemos novamente o direito de o adorarmos!

O que é adoração? Adoração significa reverência, amor excessivo por algo ou alguém. Para adorar a Deus é necessário primeiramente conhece-lo, amá-lo, reconhecer quem Ele é e o que Ele fez por nossas vidas. Jesus nos disse para amarmos a Deus sobre todas as coisas, isto quer dizer que Ele deve ser o único a ser amado e adorado sobre tudo. Sobre nossas concepções, nosso ego, nossa prepotência. 

Adorar a Deus não se resume apenas a oferecer sacrifícios de louvor, abstenção de alimentos ou pagamento de promessas. É um ato de reconhecimento de que é Ele quem nos sustenta pela força do seu poder, que não somos nada, mas nEle podemos todas as coisas; porque nos ama não que tenhamos amado a Ele, mas porque Ele nos amou primeiro.

Devemos adorar a Deus não pelo que Ele pode nos dar, mas porque tudo é dEle, tudo é por Ele e tudo é para Ele. Ele já nos deu dois grandes presentes: o seu Espírito e o seu Filho. Temos mais de um motivo para adora-lo.