quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A metamorfose espiritual


-Comparações do homem com a borboleta-

1)Fase: Lagarta, O homem do pecado.
O homem que anda na perdição, sozinho, perdido. Sua locomoção é lenta e seu alimento é o que encontra jogado ao chão. A poeira e a lama são o seu habitat, e por serem tão lentos acabam sendo alvos fáceis de predadores.
Vive uma vida de solidão, pensam em mudar, anseiam serem como as borboletas que voam, mas sempre dizem que ainda não é a hora, que precisam viver um pouco mais "sua vida" da forma em que vivem. Assim é a vida do homem sem Deus, como a de uma lagarta, frágil, solitária, rastejante se alimentando do pó da terra. Vivem em seus vícios, em suas idéias que satisfazem suas próprias vontades, em caminhos perigosos onde expõe suas vidas a outros predadores, colocando em jogo o destino de sua alma errante.
Quando enfim foi laçada pela teia do inimigo, é a hora em que se lembra de como queria ter a oportunidade de poder voar ao menos uma vez como as borboletas. Então se lamenta e se arrepende, mas infelizmente seu destino está selado, sua oportunidade esgotou-se e já é tarde demais.

2)Fase: Uma nova vida.
O homem que encontrou a certeza de que há uma vida melhor do que rastejar todos os dias a esmo. Toma enfim a decisão de experimentar uma nova vida, uma nova aventura, uma nova experiência da qual havia observado o testemunho na vida de muitas outras borboletas, mas que jamais havia adquirido até então. Sua decisão é convicta, então um período de mudança se inicia. Pode demorar um pouco, pode ser que demore muito tempo para esta mudança se realizar, mas é certo que após se iniciar esta metamorfose, não se pode voltar atrás até que esteja mudada sua forma.
Assim é a vida do homem que encontra a Deus, como uma lagarta que entra em metamorfose, e cria uma esperança, uma certeza sólida, um "casulo". E passa então por um período de aprendizado, de crescimento espiritual. É nesta forma que estará tendo transformada sua vida por completo, seja na aparência, no modo de agir, no modo de se locomover e no modo de se expressar. Mas a verdade é que quando ela sair do casulo, terá sido transformada em uma linda borboleta.

3)Fase: O homem renovado.
O homem que está na plenitude do Espírito. Chega enfim ao seu estágio final de sua metamorfose. Ganha um corpo esbelto, que lhe garante hombridade diante de situações adversas, não mais come pó, mas o melhor do néctar existente nas diversas flores, ganha asas para voar acima de qualquer obstáculo terrestre que antes não ultrapassava, tem companhia de outras borboletas que voam junto com ela e possui uma beleza incomparável com o de sua forma anterior.
Assim é a vida do homem cheio do Espírito Santo de Deus, tem um corpo forte que o auxilia a resistir os ventos falsos de doutrinas erradas, se alimenta do melhor maná vindo dos céus que é a Palavra de Deus, tem companheiros que o acompanha e se preocupa com o seu bem, possui uma beleza, um semblante diferente de seu estado anterior, e tem asas para voar livremente nas asas do Espírito, onde ninguém mais o segura.

Esta comparação entre o homem e a borboleta pode ser contada de uma forma mais acessível para se compreender, uma linguagem menos figurada e com mais ênfase. Sendo assim, posso contar uma história fictícia comparada a uma história verídica que aconteceu a pouco mais de 2000 anos atrás.

Havia uma lagarta triste e solitária, que vivia oprimida por sua incapacidade, por sua fragilidade diante de outros insetos. Havia também uma "Grande Borboleta" que voava livremente pelo céu, carregando o pólem juntamente com outras borboletas que a seguia por onde passava. A lagarta vendo como elas se saboreavam com aquele néctar, sentiu desejo de também ser como estas outras borboletas, se alimentar daquele saboroso pólem e voar pelo céu, chegou-se até a Grande Borboleta e perguntou-lhe:
-Como faço para ter asas como as suas para voar pelo céu como as outras borboletas?
E a Grande Borboleta disse-lhe:
-Apenas deseje mudar. Mude suas vestes, seu modo de andar, deixe sua antiga vida e siga-me!
A lagarta então se sentiu deprimida por aquelas palavras, porque queria se alimentar do pólem das flores, mas não queria deixar o mundo em que vivia.
Então virou sua costa e triste saiu da presença da Grande Borboleta. Certo dia a Lagarta estava passeando quando ficou presa em uma armadilha. Havia sido pega pela teia da Aranha, estava presa e sem nada poder fazer por sua vida, qualquer esforço que fizesse era em vão. Então nesta hora lembrou-se das outras borboletas e lamentou-se muito, pois agora jamais poderia sentir como era voar pelo céu e se alimentar do pólem que tanto desejava.
Junto com a Lagarta estavam também outros dois indivíduos, um a sua esquerda e outro a sua direita. Perguntou ao da esquerda:
-Como se chama?
Ao que ele respondeu:
-Me chamo Escaravelho.
O que estava a sua direita também era uma lagarta assim como ela, que também como ela talvez havia cometido o mesmo erro.
A Grande Borboleta passeando pelo local avistou a Lagarta e lembrou-se dela, e viu que ela estava armadilhada naquela teia mortal e sentiu compaixão dela. Foi até ela, puxou-a e salvou-a daquela armadilha mortal, mas suas imensas asas ficaram presas a teia e apesar de poder, não quis livrar-se. A Lagarta então não compreendeu o porque daquele ato misericordioso, e porque a Grande Borboleta decidiu arriscar a própria vida para salvar a sua. Então se afastou do local, e ficou a observar o que iria acontecer a Grande Borboleta.
O Escaravelho a sua esquerda, observando as fortes asas da Grande Borboleta reclamou dizendo:
-Não é você aquela a quem os outros insetos tinham como a um Deus? Que possui as mais belas e fortes asas e que livrou a muitos outros da morte? Se for mesmo você, salve a Ti e a mim também desta armadilha de morte.
A outra lagarta que estava a sua direita defendeu a Grande Borboleta dizendo:
-Como pode você dizer algo assim? A Grande Borboleta entregou sua vida para salvar a de um amigo. Nós estamos aqui, porque escolhemos andar por este caminho perigoso. Grande Borboleta, se você se salvar poderia salvar também a mim?
A Grande Borboleta respondeu-lhe:
-Te digo que hoje ainda será uma borboleta assim como eu, e voará também juntamente comigo!
Após dizer estas palavras, a Aranha apareceu e surpreendida por ver a Grande Borboleta presa, sentiu-se vitoriosa, pois havia muito tempo que desejava acabar com sua majestosa presença diante dos outros insetos.
Chegando-se até ela perguntou-lhe:
-Bem sei que podes quebrar esta teia quando bem entender. Porque então não a quebra com suas asas e voa para longe onde estará segura?
A Grande Borboleta sorrindo respondeu a Aranha:
-Porque se faz necessário que minha morte seja concluída, para que aqueles que vierem desejar voar como eu, possa dar valor ao meu sacrifício e ter uma chance de ser minha imagem e semelhança.

Assim aconteceu com alguém que viveu há muito tempo atrás. Um homem que sentiu compaixão de uma vida fragilizada, escrava de seus vícios, que estava presa pela teia do pecado pronta para ser devorada. Mas que decidiu doar sua vida em lugar desta vida pecadora, morta em delitos e pecados. Este homem é "Jesus Cristo" e esta vida é a "sua vida!”.
Talvez você tenha sentido o desejo de se alimentar deste néctar, que é a palavra de Deus, tenha desejado ter uma nova vida, voar no alto como os santos que crêem em Cristo voam, mas seu coração está preso ao mundo, as coisas materiais das quais o próprio Cristo te pede que deixe. Nós estamos no mundo, mas não somos dele, e por isto se quisermos seguir a Cristo, devemos abandonar a nossa vida antiga, revestir-nos de uma nova veste e viver uma nova vida voando no alto céu.


Perguntas para devocional
-Tenho eu dado valor ao sacrifício de Cristo?
-Estou pronto a deixar e negar meu “eu” para seguir a Cristo?
-Se já fui transformado, estou voando com as asas do Espírito e me alimentando da Palavra?

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